9 Razões para deixar de ser uma pessoa viciada em trabalho


Elisângela Dias
Elisângela Dias
Gestora de Recursos Humanos

O vício do trabalho é bem real. Tal como um viciado em tabaco não descansa até fumar o seu cigarro, o trabalhador viciado em trabalho não passa mais de uns minutos sem pensar no seu trabalho e sem fazer algo relativo a ele.

O que à partida parece ser um benefício para a empresa e para o trabalhador acaba, no entanto, por se revelar como um perigo para ambos.

Apresentamos 9 razões para deixar de ser uma pessoa viciada em trabalho a partir de hoje.

1. O seu esforço extra não é notado nem compensado

Há algum resultado claramente superior no trabalho que é realizado em excesso? O trabalhador tem direito a uma compensação pelo seu esforço extra? Um estudo da Universidade de Boston demonstrou que o empregador não consegue distinguir entre quem trabalhou mais ou menos na empresa.

Quem trabalha mais pode até passar a imagem de que não é capaz de realizar o seu trabalho eficazmente, dentro do horário normal de trabalho. Esta é uma das razões para sair sempre do trabalho a tempo e horas.

2. A sua criatividade sai danificada

Uma mente que nunca (ou quase nunca) tem um descanso não consegue atuar no seu melhor. Por esta razão se devem fazer pausas no trabalho. Quem não faz pausas no trabalho não se consegue manter criativo e devidamente produtivo.

3. Os seus objetivos ficam para o fim

A sua carreira fica a perder ao falhar em se concentrar no que você quer para si. Quando se está a colocar a necessidade da empresa em primeiro lugar, dizendo-se sim a tudo, acaba-se por prejudicar o próprio trabalho, não alinhando o trabalho à experiência e às capacidades que a pessoa quer desenvolver.

Saiba como dizer não no trabalho.

4. O trabalho é mal realizado

Quem trabalha mais horas não entrega necessariamente um trabalho bem feito ou melhor do que os colegas. Os estudos demonstram uma queda na função cognitiva nas pessoas que trabalham em horários mais longos. Por alguma razão não se deve trabalhar mais de 8 horas por dia.

5. É mau para os seus colegas e chefes

Uma pessoa viciada em trabalho coloca pressão nos colegas e aumenta o stress geral numa empresa. O efeito colateral pode ser imenso. A OMS estima- que o stress no trabalho custa 300 bilhões de dólares de produtividade por ano.

Ser viciado em trabalho pode prejudicar os relacionamentos com os colegas

6. A sua saúde está em risco

Os cientistas não encontram uma correlação entre o vício do trabalho e a performance, mas sim a criação de um ciclo prejudicial à saúde, de compulsão, culpa, ansiedade e desilusão, assim como outros vícios.

Este vício pode levar a várias complicações de saúde, desde problemas de sono, problemas mentais ou cardíacos. Maior consumo de álcool, diabetes, depressão, esgotamento, dias forçados de férias para recuperar são alguns dos problemas registados por pessoas viciadas em trabalho.

7. A sua relação fica prejudicada

Um estudo da Universidade da Carolina do Norte concluiu que os casamentos que envolvem viciados em trabalho têm o dobro de hipóteses de acabar em divórcio.

Para dar atenção ao trabalho, retira-se atenção à cara metade, a quem se passa a tristeza e a revolta decorrente do trabalho, a quem pode estar já saturada no seu próprio trabalho.

8. Você está perdendo outras coisas importantes na sua vida

Enquanto você está ocupado trabalhando, as melhores coisas da vida estão acontecendo do seu lado. Os seus filhos crescem sem você notar, a família e os amigos se afastam, você não viaja nem conhece melhor o mundo, nem conhece você mesmo.

9. Você não aguentará para sempre

Sabia que os trabalhadores que não tiram férias demonstram menor produtividade e uma pior avaliação de desempenho? A acumulação de trabalho não é benéfica para ninguém.

O pior é que os viciados em trabalho caem no esgotamento. Há um limite para o que a mente consegue aguentar. Mais cedo ou mais tarde, todas as horas de trabalho dedicado na empresa ou em casa, sem férias, levam ao esgotamento físico e mental do trabalhador, ao ponto deste desprezar todos os dias do seu trabalho.

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Elisângela Dias
Elisângela Dias
Graduada em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Estácio de Sá em 2004. Pós graduada em Gestão de Projetos pela Universidade Cândido Mendes em 2007.